segunda-feira, outubro 23, 2006

Menino



Invejo essa pequenez imaculada e singela,
Invejo esse riso natural e contagiante,
Agora que aqui te vejo da janela
Percebo como a tua pureza te faz gigante.

Ser como tu é ser mais do que o mundo,
É viver sem pensar no que é preciso,
E todos nós te sentimos lá no fundo
A brincar com um brilhante sorriso.

Gostava de como tu poder sonhar,
Descobrir maravilhas na vida,
Passar por entre os outros a voar
Sem ter a cabeça tremida.

Tu que olhas agora para mim
Sujo e com um pau na mão,
Dizes-me adeus e eu respondo assim,
Guardo em mim esse teu grande coração.