domingo, setembro 18, 2011

Naquele banco




Estavas sentada no jardim a primeira vez que te vi.
Era Novembro, o dia era escuro, cinzento…
No banco onde estavas o sol brilhava.
Como era belo teu cabelo louro
Atravessado por uma negra bandelete
Que tão bem em ti ficava.


Teus olhos verdes fitavam um livro,
Ridícula a inveja que tenho de tal objecto.
Invejo tanto aquele companheiro que te faz suspirar,
Que vê teu sorrir,
Que te rouba o ar,
Que consegue guardar teu perfume...
O perfume que meus lábios querem provar.

À pressa saíste sem avisar,
Contigo levaste a luz daquela bela tarde,
A tarde que queria como eterna
E que efémera acabou por ficar.