sexta-feira, dezembro 14, 2007

Aprendendo a viver...



A vida muitas vezes é curta, mas mesmo assim o seu caminho é longo. Nela aprendemos a sorrir, chorar, amar, sofrer e a renascer a cada amanhecer.

Quando sorrimos, levamos a alguém bem próximo, ou até distante a certeza de que, por pior que seja o momento, o futuro nos espera para mostrar-nos novos horizontes e para que possamos voltar a lutar pelos nossos ideais que sempre nos motivaram a viver.

Quando choramos, mostramos que somos frágeis e sensíveis e que precisamos mais do que nunca de consolo e palavras de carinho. Nada melhor que um ombro amigo, para desabafarmos e nos dizer palavras optimistas, que nos trazem de volta a realidade.

Quando amamos, sentimo-nos felizes por ter encontrado a pessoa que julgamos ser a nossa metade, onde os sentimentos e os desejos se completam de tal forma que nos transformamos numa só pessoa, e que tudo fazemos para transmitir paz, carinho, compreensão, amor e o bem estar mútuo, que é imprescindível. Quanto sofremos, é porque esquecemos que neste longo caminho da vida nem tudo é como gostaríamos que fosse, que existem algumas barreiras para se transpor e que precisamos de força e coragem para enfrentar o que para nós, o destino reservou.

Ah!! O Renascer... este sim todos nós precisamos tê-lo como "Manual de Vida". Deixe a vida fluir normalmente, sorria, chore, ame, e sofra, mas nunca se esqueça de que a cada estágio destes, crescemos interiormente e passamos a valorizar muito mais cada minuto que vivemos, e a cada amanhecer, renasceremos, pois já teremos aprendido que o mais importante, a partir de agora, é o "Momento Presente".

domingo, outubro 28, 2007

És tu


Já sentia saudade desse beijo,
Do teu tocar doce e carinhoso,
Sinto orgulho da beleza que vejo.

Neste lugar onde nos tocamos há uma história,
De duas almas que se amam,
Vivem um amor que não sai da memória.

Nada se compara a esta alma,
Encanta o mundo só com seu olhar,
Só ela me traz calma,
Só ela me faz sonhar.

Já duvidei de outro amor,
Já senti o dissabor,
Agora sei que não vou voltar a passar,
Por aquele terror de mal amar.

Contigo sei que vou ficar
Pois de teu amor não duvido,
Sei que sabes amar,
”Estar sem ti não consigo”.

sexta-feira, setembro 28, 2007

A tarde

Numa tarde igual a tantas outras... ou não:

A tarde estava bela,
O sol sorria para o mundo,
As luzes brilhavam na janela,
Tudo era profundo.

Caminhava sem pensar,
Passo a passo… Feliz…
O sorrir estava a pintar
O lugar onde tudo se diz.

A tarde escureceu,
A luz parou,
O dia morreu,
O sorriso murchou.

Ficou apenas a beleza amiga,
Um olhar encantador,
O olhar que vale a vida
De um coração sonhador.

Por muito que viva,
Por muito que chore,
Não haverá saliva
Para dizer o que em mim corre.

sexta-feira, agosto 10, 2007

Alma


Neste lugar onde estou… espero,
Espero por uma alma que há de vir,
Aquela que eu só para mim quero,
O espírito que só eu saiba sentir.

Estou aqui…
Aqui neste lugar…
Em repouso esperando por ti
E se não vieres? Se não vieres por aqui vou ficar.

Há quem seja masoquista e procure a sua paixão,
Há quem perca vida com a ilusão,
E para que isso não me aconteça,
Fico aqui… não saio daqui… até que ela apareça

Não sofro mais por opção,
Espero sem pressa de sofrer,
Sem pressa de queimar o coração,
Tendo apenas uma esperança,
A de que comigo venhas ter.

sexta-feira, julho 27, 2007

Balada do Desajeitado


Esta letra é da autoria dos Quadrilha e mostra muito bem o que muitos de nós, por muito que não o queiramos pensar, pensamos sobre as nossas atitudes "amorosas". Uma grande letra e uma grande música.

"Sei de alguém

Por demais envergonhado

Que por ser tão desajeitado

Nunca foi capaz de falar


Só que hoje

Viu o tempo que perdeu

Sabes esse alguém sou eu

E agora eu vou-te contar


Sabes lá

O que é que eu tenho passado

Estou sempre a fazer-te sinais

E tu não me tens ligado


E aqui estou eu

A ver o tempo a passar

A ver se chega o tempo

De haver tempo para te falar


Eu não sei

O que é que te hei-de dar

Nem te sei Inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem

Só que já me esqueci

Então olha gosto muito de ti

Podes crer

Que à noite o sono é ligeiro

Fico á espera o dia inteiro

Para poder desabafar


Mas como sempre

Chega a hora da verdade

E falta-me o à vontade

Acabo por me calar


Falta-me jeito

Ponho-me a escrever e rasgo

Cada vez a tremer mais

E ás vezes até me engasgo


Nada a fazer

É por isso que eu te conto

É tarde para não dizer

Digo como sei e pronto

Eu não sei

O que é que te hei-de dar

Nem te sei

Inventar frases bonitas


Mas aprendi uma ontem

Só que já me esqueci

Então olha gosto muito de ti"


Quadrilha

sábado, maio 19, 2007

Dedicatória


Há alturas da vida em que descobrimos que muito do que nos era dito pelos nossos grandes amigos era realmente verdade. Nós temos consciência que o que nos é dito é verdade, mas não o conseguimos sentir porque muitas vezes a vida não nos dá razões para que tal aconteça.

A esperança de encontrar algo na vida que nos preencha a alma era e é sempre o nosso grande objectivo de vida.

Neste momento posso agradecer a todos os deuses de todas as religiões o quanto me sinto contente, alegre, vivo...

Finalmente sinto o coração a vibrar, a sorrir para o mundo. Existe em mim uma vontade enorme de mostrar a todos que a vida não é só feita de momentos maus e que é nos momentos especiais que encontramos a força para continuar a lutar pela nossa felicidade e pela felicidade dos que nos são queridos.

A todos aqueles que echem a minha vida de cor o meu MUITO OBRIGADO por serem o que são para mim. O mais importante da minha vida.

E nunca se esqueçam: " A vida é para ser vivida, não é para ser pensada."

Carpe Diem

sexta-feira, maio 04, 2007


Sinto-me só e só me sinto,
Está em mim um vazio
Que me mostra a falta de um mito,
Encontro-me aqui, nu e doentio.

A vida passa por mim a correr
E eu neste local a vê-la passar,
Passa por mim sem morrer,
Por isso me sinto a fraquejar.

Falta-me isto, falta-me aquilo,
Dizem-me que sou e tenho tudo,
Na verdade não estou a senti-lo,
Pois aqui estou quieto, surdo e mudo.

Tenho esperança que mostrem a verdade
E que esta acabe com a minha aflição,
Quero sentir os momentos de liberdade,
Quero sentir de novo o coração.

Namoro


"Mandei-lhe uma carta em papel perfumado
E com a letra bonita eu disse ela tinha
Um sorrir luminoso tão quente e gaiato
Como o sol de Novembro brincando
De artista nas acácias floridas
Espalhando diamantes na fímbria do mar
E dando calor ao sumo das mangas.


Sua pele macia - era sumaúma...
Sua pele macia, da cor do jambo, cheirando a rosas
Sua pele macia, guardava as doçuras do corpo tão rijo
Tão rijo e tão doce - como o maboque...
Seus seios laranjas - laranjas do Loge
Seus dentes... - marfim...
Mandei-lhe uma carta
E ela disse que não.


Mandei-lhe um cartão
Que o Maninho tipografou:
"Por ti sofre o meu coração"
Num canto - SIM, noutro canto - NÃO


E ela o canto do NÃO dobrou.


Mandei-lhe um recado pela Zefa do Sete
Pedindo rogando de joelhos no chão
Pela Senhora do Cabo, pela Santa Ifigénia,
Me desse a ventura do seu namoro...
E ela disse que não.


Levei à avó Chica, quimbanda de fama
A areia da marca que o seu pé deixou
Para que fizesse um feitiço forte e seguro
Que nela nascesse um amor como o meu...
E o feitiço falhou.


Esperei-a de tarde, à porta da fábrica,
Ofertei-lhe um colar e um anel e um broche,
Paguei-lhe doces na calçada da Missão,
Ficamos num banco do largo da Estátua,
Afaguei-lhe as mãos...
Falei-lhe de amor...
E ela disse que não.


Andei barbado, sujo, e descalço,
Como um mona-ngamba.
Procuraram por mim
" - Não viu...(ai, não viu...?) Não viu Benjamim?"
E perdido me deram no morro da Samba.


Para me distrair
Levaram-me ao baile do sô Januário
Mas ela lá estava num canto a rir
Contando o meu caso
Às moças mais lindas do Bairro Operário.


Tocaram uma rumba - dancei com ela
E num passo maluco voamos na sala
Qual uma estrela riscando o céu!
E a malta gritou: "Aí Benjamim!"
Olhei-a nos olhos - sorriu para mim
Pedi-lhe um beijo - e ela disse que sim."

Viriato da Cruz

segunda-feira, janeiro 22, 2007

És tu o que sinto



Existem alturas da nossa vida, principalmente nesta fase critica da adolencência, em que temos vontade de deitar para fora tudo o que pensamos.
Apesar de este poema já ter sido escrito à algum tempo mostra bem o que nós passamos nestas fase teenager.
Escrevi numa altura em que a paixão me corria nas veias e por isso é capaz de estar um pouco lamexas. Quem já passou por isto percebe o que eu estou a dizer.


Não sei o que sinto ao te tocar,
É como se meu corpo parasse e ali ficasse,
Pois quero contigo partilhar meu ser,
Hoje e para sempre, até meu coração parar.

Quero partir para longe do mundo,
Sentir-te aqui ao pé de mim,
Para me tocares bem lá no fundo
E para que comigo venhas, até ao fim.

Meu corpo dorme a teu lado
Para em teus braços doces despertar,
Sonhando com a hora de estar acordado
E tua bela face sentir e acariciar.

Espero nunca deixar de te ver sorrir
E de contigo poder sonhar,
Pois só tu, princesa, me fazes sentir,
O significado da palavra amar.